O cabelo crespo é mais do que uma característica física dos povos africanos e seus descendentes.
É também uma expressão de identidade, cultura e resistência. Ao longo da história, o cabelo crespo foi alvo de discriminação, violência e estereótipos negativos, mas também foi símbolo de orgulho, beleza e poder.
Na África pré-colonial, o cabelo crespo tinha um significado social e espiritual. Ele podia indicar: a origem étnica, o status, a religião, a profissão e até o humor de uma pessoa. Os penteados eram elaborados com tranças, torções, nós, contas, conchas e outros adornos. O cabelo era considerado sagrado e cuidado com respeito e ritual.
Nos anos 1960 e 1970, com os movimentos “black is beautiful” e “black power”, o cabelo crespo passou a significar orgulho e poder. Nesse contexto, a radicalização em torno do uso do cabelo crespo considerado “natural” foi central, já que este foi reforçado como ícone identitário e cultural.
Hoje, o cabelo crespo continua sendo um elemento importante no movimento negro e na luta contra o racismo estético. Muitas pessoas negras estão passando pela transição capilar, que é o processo de abandono das químicas modificantes de estrutura (alisantes e relaxantes, por exemplo).
No próximo post eu vou te contar mais sobre esse movimento de transição capilar!
Beijos, crespitchos! ❤
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